14 julho, 2009

E eu quero ver qual estrela se apagará primeiro, dessas que a gente sabe que não existem mais, mas que a gente prefere acreditar que ela está ali brilhando. É assim com tantas coisas, acontecimentos e desdobramentos da vida. Aqueles acontecimentos que nem aconteceram, os sentimentos que nem eram aqueles proferidos através de palavras, mas que preferíamos acreditar, sendo eles bons ou ruins.

O que é/era bom ou ruim, hoje pode não ser mais, porque? Cada estrela sabe onde vai se chocar, até quando vai morrer. Ela sabe disso porque um dia ela foi somente particulas de átomos, tal como ela voltará a ser. É o mesmo acontecimento. É a mesma existência. Não há niilismo no que escrevo agora, há uma constatação: o que importa é o que acontece e, inclusive, o que nós deixamos de fazer acontecer entre o início da fusão dos átomos da estrela e a explosão que um dia ela sofrerá. Sofrerá mesmo, o ínicio requer um fim, que quase sempre é sofrido.

O céu está lá, é o campo e o berçário de novas estrelas. Que seria do céu -espaço sideral- sem ter estrelas para ajudar no parto, cuidar e ainda se preocupar com o velório?

Elas só brilham pela luz que o Sol emite e pelo sentido que elas mesmas tem.

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