15 maio, 2011

Diferentes

Pensei em ser leve. Eu sou leve. Meus amigos me diziam que eu era duro e pesado. Decidi não mais ser. Preferi ser um outro, que hoje sou. Procurei em todas as perdições aquilo que nunca encontrara, mas que estava em mim. A c-alma.
Com a calma encontrei a alma. Encontrei outra alma. Ela era meu querer, minha menina, minha satisfação de cuidar. Eu era visto, desde que não necessitasse que ela se abandonasse. Nunca houve erro, houve desencontro. Eram esses desencontros que lhe doíam. Resolveu trazer bússola. Pôs no peito. Mostrou-o a ela. Ela não via bússola porque não via o peito. Comprou uma biruta, pra que talvez o vento fosse mais leve que o magnetismo do instrumento posto no peito. Ela negou o vento, começou a soprar de acordo com os seus pulmões, esqueceu-o novamente. Só restavam dois barcos que agora não formavam esquadra.
Se perderam sem bússola, sucumbiram sem o vento.

Um agora anda, outro agora assopra.

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